quinta-feira, 31 de outubro de 2013

decisão

então eu decido morrer, 
não há consolo para a morte a não ser a divindade da própria natureza. poderias amar, mas escolhes sofrer - já eu escolho olhar, por trás, pela frente, por cima e por baixo. momento em que a tristeza pára de ser um sentimento, vira parte de você, minha quarta dimensão.
e
eu grito: 
vem! vem tristeza e me faz dançar como só tu sabe fazer.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Foi dito, eu quem falei

O que sobra para nós? Sim, nós dois. Nossa realidade pede para nós nos estragarmos, pede para que eu te encontre em qualquer lugar já sabendo onde vais estar. Não quero isso, busco pelo incerto, quero andar na rua e ficar tão feliz por o acaso nos juntar, sem complexidade, mas com uma simplicidade natural. Retire tuas fotos de mim, não quero imagens digitais, quero lembrar de como seus olhos arregalam ao falar da imbecilidade que existe na vida. Trucide tuas respostas instantâneas sem a possibilidade do contato físico, pois não vou tocar-lhe quando o acaso nos unir, todavia nunca ei de esquecer o dia em que quis fazer isso mas tua presença com toda a tua intensidade me fez esquecer tudo na hora e só pude prestar atenção em como nossos olhos uns nos outros eram mais fortes do que qualquer som ambiente. Não, não lembro de tua voz, e nem quero ouvi-la cantando no meu radio, mas quero poder fechar meus olhos e ouvir tudinho ao teu lado, porque sei que cada vez que isso acontecer será diferente, pois a cada sol que morre com o nascer de  cada noite você muda, e é essa incerteza que me faz ter a certeza do quanto desejo tua não ausência natural, mas ignoro tua presença virtual.