segunda-feira, 5 de maio de 2014

aquela velha

cansaço, de velho, por que estragamos nossa vida atrás de verdades? já nem de verdades eu gosto, na verdade, já nem na verdade de você verdadeiramente gosto. face a face com a porra da sociedade, o que estou vendo no fim? ah sim, o que eu esperava, nada. lágrimas vazias, pensamentos que não pertencem a eles, tudo construído, não há evolução humana, ainda há o mesmo ponto, o único ponto. você é um vazio como o primeiro que pisou aqui, se é que pisou, se é que existimos, se é que é. não desacreditei na humanidade, apenas a vi, e foi como olhar através de um vidro. de tão vazia e sem significado que a humanidade é eu consegui enxergar através dela. quem manda nessa porra é o nada. Mr. Zero, que todo mundo esquece, como ela disse, há um processo para se chegar em 1. não chegamos a mexer um milímetro sequer diante a nossas existências. caralho, vocês são um bando de esquizofrênicos que jamais conseguirão ver que na verdade, não há ninguém aos seus lados. mãe, pai, a criança cresceu e agora queria poder explodir vocês de dentro pra fora. bem, vamos seguir adiante. quem sabe, você morre. eu morreu assim que nasceu. quem matou foi a conversa, a solidão foi apenas uma delas. senhora Morte, queria dizer-lhe que amo-te e estou com minhas malas feitas, esperando por sua visita, quem sabe até podemos jogar algo no playstation. 
- hunh? Metal Gear Solid 3? - sorri - ah senhora Morte, como podes?

domingo, 13 de abril de 2014

arrego

Não adianta, nada. Eu continuarei me sentindo a cada dia menor, e o mundo parece me sugar a cada dia/hora que passa. O desespero está sentando em minha frente, ele me encara, eu sei, porém eu não consigo olhar em seus olhos, não consigo te encarar. Todos meus conhecidos são balas disparadas em meu crânio e eu quero gritar e me desesperar pela dor, porém o único ato que possuo é o de morrer, em silêncio, a cada bala uma morte, várias milhares da morte.
Como eu consigo viver? Como eu ainda estou aqui nesse ninho de insignificância guardando todas essas mágoas e desgostos dentro de meu peito? Engolindo lágrimas e soltando insatisfações pelos dedos o tempo todo, todo tempo. 
Minha expressão facial já é morte, porque vida, já não consigo mais. Meu corpo parece está se negando a vida, como se já não bastasse toda dor de minh’alma, agora tudo dói, meus braços, minhas pernas, meu peito, minha cabeça, minha existência toda já pede pra ir embora, e meu deus, como meu estômago dói, como ele parece que vai arrebentar a cada segundo.
Qual a maldição pela qual passei? Qual alma de valor eu torturei no inferno pra estar nessa vida? 
Já não sinto mais o gosto da comida que entra, já não vejo mais prazer em meu próprio corpo, já não me importo com os odores do mundo, não consigo me importar com nenhuma existência fajuta de alma pobre ou inexistente. 
Não consigo mais nem chorar.
Sinto que tudo realmente acabou para mim, e não consigo perceber nenhum motivo para estar nisso tudo, para aguentar. 
04:04 da madrugada, e eu não sinto sono, fome, vontade alguma, apenas dores e mais dores, dores incontáveis e incuráveis, apenas vivo com o costume, de engolir e tentar me tranquilizar em meio ao caos. Não há saída, só há morte. A vida já se foi, há meses, quem sabe anos. 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Sobre hoje, sobre agora, sobre tudo, sobre nada,sobre meu infinito, sobre meu oceano, sobre a noite, sobre nós

A alma, ela, a alma, ela. Alma. Ela. Minha alma, ela. Ela, a minha alma. A minha alma.
Choros, lamentos, desolação, euforia, eu mesmo sou. Eu sou tudo, o infinito do ser, dentro um só direito de ser.  Um ser que encontraria-se em todos, e em nada ao mesmo tempo.
Oh, como ousamos respirar? Oh, como ouso viver de forma sublime o agora dentro de tanta miséria e dor no peito?
Quando essa chuva começa solto-me de tudo e todos. Meus braços dançam, junto a cada fio de meu cabelo, danço a dança dos desamparados que não tem casas para ir. Danço a dança dos corações despedaçados pela noite. A dança dos amores perdidos por cada transformação do agora, imediato. Imediato. Nosso imediato. Nossa sede por nós mesmo, a sede que não é cessada nem com as mais fortes chuvas, pois continuamos dançando por nosso direito de existir. Dançando com nossas essências nuas, dentro de nosso casulo chuvoso, dentro de nós mesmo.
Habito-te porque abro meu peito para habitar-me. Agora nade em meu oceano e descubra minhas mais sórdidas significâncias dentro de meu ser. Navegue dentro de mim, deixe-me uma carta para procurar, essa carta é a entrada para seu oceano tempestuoso.  E se eu encontrar, nossos sentimentos serão jogados ao vento, jogados ao nosso vento, o vento que movimenta-se pela nossa força de amar. Onde podemos encontra-r peitos fortes para nos aguentar? Acredito que no mesmo local em que  nos encontraremos no agora de outrora.

Não sei quem foi, não sei quem será, só sei que sei de seu ser hoje, agora provo-te, agarro-me no hoje, pois já já morrerei e já não sei o que serei depois, e nem consigo me importa com o que vem. Deixemos as horas para as engrenagens. Deixemos o amanhã para o agora que está por vim. Hoje, agora, sou o que sou pois completo o vazio com você, e assim, ser um é ser nós, sou você, toco-te porque eu li a carta, e habitei meu lugar no mundo. Seu peito, meu peito. Um só. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Reflexões sobre vida, morte e nada

Soa um tanto melancólico quando você sabe que precisa fazer algo extremo para ver e degustar do amor de pessoas ao seu redor. Eles raramente amam você na vida, geralmente acontece em um momento de morte. Ao refletir sobre isso logo me vem a questão: qual dos dois tem a maior importância para a humanidade? O viver tem importância apenas em seus primeiros momentos, pois há o costume que estabiliza as coisas, tornando-as de certa forma banal, já a morte trabalha com a ausência, e essa consegue ser maior e bem mais duradoura que a presença. O costume do não ter é bem mais doloroso, porque a ausência também trabalha com o vazio, e o oceano humano trabalha na direção oposta ao vazio, pois a humanidade tende a negá-lo. Eu acredito que há duas formas de lhe dar com o vazio, ou você começa uma busca incansável para reverter o caso, ou maquia o vazio com uma espécie de felicidade eterna, qual sabemos que não existe, pois não há na vida humana um sentimento absoluto e eterno.  Logo afirmo, o vazio é um sentimento mais profundo que a alegria real, e a morte tem mais significado que a vida para os vivos. O que seria o oposto a vida ou morte? Eu diria que o nada, pois o nada nada é e nada tem direito a ser, logo para um humano ultrapassar qualquer barreira além da morte e vida ele deveria ultrapassar o nada, adquirindo a experiência do não ser para depois conseguir ser, então não somos nem o nada, nem o direito de não ser nós temos, e aí deve estar nossa busca, temporária ou eterna.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Se a vida fosse um papel eu amassaria e jogaria no lixo

Acordo deitada, fico acordada deitada, vou dormir deitada, meu estômago ronca, minha cabeça dói, os avisos para limpar o quarto já estão indo aos limites de quem cobra, mas isto não consegue levantar, isto não consegue nada, só o nada. A vida deu-lhe tudo, mas antes, estragou-a dando humanidade, a fruta que poderia alimentar está podre, e não serve nem para gerar outras, não serve para comer, não serve para nada, pois além da casca só tem a polpa que a cada segundo se estraga mais e mais. É impossível a podridão não chorar após ver a cara de decepção de quem cortou-a por dentro. O cheiro do sangue podre sendo apreciado por outro, e tudo o que há naquela fruta é sujo e maligno.
Então, fruta, pergunto-te o que é o amor? 
Fruta: Eu não sei. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Texto sobre o lado ruim e insatisfações junto com justificativas jogadas no ar para quem quiser catar

Acredito que muitas pessoas sabem ou podem imaginar o lado ruim dessa sensação que sinto. Seria como aquele cara que vai para a guerra e quando volta vê tudo tranquilo ao seu redor, e ao degustar dessa paz consegue ver que seu lugar é matando e sentindo o gosto do sangue de outras pessoas em sua língua.
Quando você passa muito tempo pensando sobre toda a utilidade inútil de viver as coisas vão acontecendo do lado de fora de forma mais rápida, porém já como a vida de quem nem se quer dá o trabalho de questionar algo se inicia em um ponto que é visitado mais de bilhões de vezes durante todo o ciclo do viver dessa mesma pessoa, esse rápido se reduz a contagem de 1 a 10, sendo que ela poderia ir até o 100, levando em conta que o 100% de nossa mente equivaleria a 1000.
O tempo corre de mim, tento expulsá-lo de vez de minha vida, porém eu não vivo sozinha fisicamente. Passei boa parte dos últimos anos querendo a dor, buscando-a em qualquer buraco, qualquer grão, e eu sempre achei, porque é só decidi enfrentar as coisas enxergando-as, nem que para isso acontecer seus olhos tenham que jorrar lágrimas por horas, dias, meses e anos. Mas e no fim, o que eu ganhei? Para começar eu não acho que eu mereça alguma coisa de algo, pois eu não acredito que tudo isso faça um sentido lógico que qualquer humano possa descobrir sem auxílio superior, e volto a falar, não estou falando de papai do céu quando digo "auxílio superior", mas sim aberta para qualquer possibilidade que possa existir, que nunca teremos certeza, talvez, quem sabe, só em nosso pós-morte. Volto a minha pergunta de antes, "mas e no fim, o que ganhei?" Sei que não estou no fim de tudo, porém agora paro e penso de que toda essa tristeza me vale. Automaticamente minha mente joga minhas respostas, a tristeza, melancolia e principalmente a angústia sempre foram meus oásis dentro de um mundo cheio de podridão. Ser triste foi o que de melhor pude ser, até para poder pensar em quem eu sou dentro do meu próprio vazio. Ok, ok, "Mas e no fim, o que eu ganhei?"  -
Agora, encontro-me naquele meu familiar momento qual não existe algo que possua valor para mim dentro do mundo das pessoas. Penso em conversar com eles sobre isso, porém após vários intervalos de tempo tentando e recebendo respostas que nunca me provocaram satisfação não me animo com o futuro/presente&passado vazio em suas respostas. O começo dos meus 21 anos já passou, mas a metade ainda não chegou e algumas pessoas que viviam ao meu redor antigamente mudaram. Uso o "antigamente" pois quando criei esse blog fui me afastando aos poucos deles e hoje em dia quase não há sobras disso, e os que existem é pura conversinha medíocre de facebook sobre futuro, presente e raras sobre o passado, que talvez ainda sejam mantidas por mim por um ato de adiar uma insanidade maior futura.
Com essas palavras, estou tentando traduzir do quão ruim é viver, e principalmente, viver em uma casa e em ambientes com pessoas que só buscam por humor e conselhos óbvios sobre análise da sociedade e do homem, quais eles não buscaram, só quiseram chegar no ponto 30 sem ao menos se esforçarem para passar do 10.
Enfim, é só tudo muito deprimente. Quem queria saber  o que eu penso sobre as pessoas que ando, e se tem alguma pessoa que me considera amiga, deveria ler, mas provavelmente essa amizade só serve para por fotos "legais" em qualquer redesocialixo, ir para eventinhos bosta repetir as mesmas bostas de sempre, e pensar que tudo o que eu falo é de brincadeira e que na verdade eu realmente sinto algo por alguém, nem que seja uma pequena empatia, quando não.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mensagem de ano novo para você

Texto feito especialmente para meus amigos do facebook.


Humanidade - sempre comemorando esses ciclos úteis apenas para sistematizar nossas vidas, venho jogar amargura na cara de vocês porque vocês me enojam com textos sobre qualquer "ir e vir", em como o tempo passa e blablablalbalba ou qualquer coisa útil apenas quem não parou para refletir sobre a não-importância disso, ou deixou-se enganar pelo contrário. Não sou determinada ao sofrer, já senti muito nessas épocas, sentimentos muitas vezes agradáveis, mas agora quando olho no espelho de minha consciência opto por não enfiar hipocrisia em seus devidos ânus, prefiro te foder com o outro extremo da faca, e é desse lado que o prazer me encontra, porque mesmo falando em minha verdade, a verdade tende a ser ignorada e é nesse momento em que me divirto por ver a morte dançando com cada um de nós. E ela dança, dança, ela gosta de dançar, então vamos todos dançar, só não tente contar o fio que balança nossas carnes, pois só ela tem esse poder e direito.