domingo, 15 de novembro de 2015

precisei

então de repente vives a vontade de estar em todos os locais e ao mesmo tempo habitar o não lugar, da mais intensa existência aos mais profundos choros que clamam o não estar. queria chorar, queria morrer, quis viver, enlouqueci. essa balança que instabiliza todas as partes de mim. deveria ser impossível que alguém pudesse ver tudo sendo destruído dentro de si, queria me misturar à destruição e poder sentir a glória do acontecimento, negando meus sentimentos e pensamentos degradantes sobre a miséria que é estar de olhos abertos.
beiro a ponta, beiro ambos os lados da faca, beiro ambos desequilíbrios dessa linha tênue, quis cair de uma vez, não pude, quis me estabilizar, não consegui. de que sou capaz nessa vida de metades? minha incapacidade do ato por completo me enoja. sou fruto da era da confusão, sou fruto das almas inconstantes, sou e não sou, queria poder ser mais, queria ser um nada, não queria porra nenhuma mas mesmo assim já estava querendo. por que você não me disse? por que não me alertou? porque você sempre quis ver sangue, porque eu também quis ver sangue, ora por que não?

sábado, 14 de novembro de 2015

eu não sou uma pessoa triste, circunstâncias me levaram a estar onde estou. eu tenho uma linha do tempo para viver, e moldo ela a partir de minhas decisões. eu não acredito no acaso, eu acredito no universo, em tudo e todos. quem me fez desacreditar de mim quando eu era criança?
o que houve?
pra que tantos gritos? de que valeram tantos choros e tantas brigas? eu pude um dia entender vocês?
você me entendeu, não entendeu? O que houve com você depois daquilo que eu fiz? Quem fez primeiro mesmo?
Eu nãõ pretendo mentir para mim e nem para você, mas a humanidade tem se tornado pior quanto mais eu vou me sentindo sozinha.
chegarei em algum ponto, agora não posso dizer, mas pretendo começar a querer para poder ter.
see ya

domingo, 8 de novembro de 2015

não não nãõ não não não nãõ não nao não não naõ

sobre sentimentos que eu não sei, sobre o eu que eu não reconheço. circunstâncias opostas me fizeram escrever. eu não queria ser uma louca, mas hoje em dia me sinto totalmente castrada. Afinal, escrevo para quem ou para quê?
eu queria dar mais pontos positivos do que negativos, mas eu me sinto um peso pra você, para eles também.
esses pensamentos suicidas sempre me penetram como o penis mais poderoso do universo, pois me excita, me tira a razão, me enfio a faca, e ela já faz parte de mim, todo esse sangue que já perdi tudo porque não queria ter acordado naqueles diversos agora.
não posso ter vergonha de assumir que sou cheia de marcas de tentativas inúteis de não estar mais, pois estou. salva, viva, porém já morta.
devolva minha essência e leve de volta esses remédios. o vazio agora habita meu corpo, queria saber se minha consciência habita o corpo do vazio também.
eu morri uma vez, você me salvou
eu morri outra vez, você me salvou
eu morri mais uma vez e te matei também
agora eu morro e permaneço morta
mesmo morta me trucido por motivo nenhum, a não ser o prazer acabar com tudo o que tenho. a vida continua. até acabar, aí acaba, aí nada valeu.
eu não quero lutar por uma fé que nunca vai existir, eu não vou lutar por uma verdade que não cabe a nós. não quero mais pensar. não quero. talvez você não me queira também. mas também não me quero.
tudo acabou quando decidi melhorar, me entreguei por nada ao nada, me vendi pro diabo em troca de mais dor. queria poder chorar pra você, queria você mais, mas não queria. eu nunca quis, eu só me deixei, aí você não quis, aí eu quis, aí você quis e eu não quis mais.
aí o mundo acabou.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

fade out again

então eu to sedada, não conseguia parar de chorar, todos se preocuparam por causa do medo da minha morte, menos você, e é por isso que és o melhor dentre os que me rodeiam, isso, porque você não dá a mínima.
não sinto mais a dor da manhã, em compensação nem a agonia da noite, simplesmente apática. minha boca ta dormente, os olhos doem, porém no peito reside o nada, eterno.
eu arfo de cansaço, ninguém foi o suficiente pra eu arfar de alegria. eu me rendo, vamo retornar o tratamento
"gyselle, me conte a sua versão da sua infância"
"e você acha que isso reflete em você hoje?"
- na verdade eu estava pensando em me matar aqui e agora, o que acha?
"isso lhe ajudaria?"
- isso faria com que você calasse essa porra de boca.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

post nº 0

eu disse, eu não ia sofrer, se alguma coisa acontecesse
eu disse, eu não ia sofrer, eu ia pensar "ok, eu sabia que isso ia acontecer"
eu disse, não vou me desesperar
eu disse: não vou, não por ele? o que é ele na minha vida?
eu disse que queria não disse? você foi tudo, em mil maneiras, mas o que eu disse mesmo?
acho que eu tenho que parar de dizer as coisas
eu não vou me recuperar dessa

terça-feira, 6 de outubro de 2015

morreu

é tudo tão inerte, a tristeza passa a sobrepujar tua própria existência, transcende a realidade e se eleva ao sagrado. ninguém mais agrada, queria negar todos, mas a verdade é que peço ajuda, cada grito no silêncio é uma súplica.
havia uma vida, ela sangrou até morrer, hoje em dia não sou mais capaz de algo. 
estéril em todas as partes. do zero ao eterno vazio. eis minha vida de nada. 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

a vida que acaba antes da morte
eu esperava por essa?

unhappy b

então esse é o dia, aquele que nada acontece. cale a boca, poupe os esforços. no final, não siguinificas.
feche os olhos, quem se despede? você ou a vida?
que eu quero morrer não é uma notícia atual, mas recentemente a vida tenha talvez me mostrado o que é morrer de verdade. o tempo ta passando, a amargura vai aumentando, a esperança já acabou, os sonhos esquecidos.
você se perdeu?
nah, o mundo dos justos não é esse. me manda pro inferno de uma vez e não olha pra trás.

sábado, 19 de setembro de 2015

O desânimo me deu umas porradas na cara

O que eu posso fazer

[texto que achei nos rascunhos, nem sei de quando é, nem quero saber. achei genial]

lonelonelonely

todas essas luzes incomodam a vocês também? às vezes penso que olhar foi um pecado, enxergar as coisas com olhos que negam os sorrisos podia matar, por que não me disse?
essa selvageria nomeada caos me perfura em todas as direções, a cicatriz ainda dói. temo que sempre doerá. já não sei se é a música que chora ou minha alma que canta. todos os momentos pobres em sentimentos, ricos em inutilidades passam por meus olhos. deveria esquecer de todos?
essa noite inquietante, nesse vazio absurdo. se você poderia estar por que não está mais?
filhos da noite, mãe dos desolados, de dia já não consigo mais olhar, a vida começou quando todos ignoraram a solidão. deixem a lua para mim, o deleite eterno d'minha inquiet'alma.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

desespero

Toda essa inocência, todo esse espírito perdido tem guiado diante a mim uma bolsa de inconformidade. Uma placenta inquebrável de dor, ao mesmo tempo que é delicada é insuperável, permanece intacta. Ninguém é capaz de tirar essa agonia do meu peito.
É fácil apontar o quanto fria estou, o quão apática me tornei, mas o difícil deve ser tentar "empatizar-se" comigo. Essas horas passadas, esses últimos suspiros, essa morte que nunca me larga. Minhas mãos tremem de raiva, meu peito pulsa de angústia, minha cabeça exala caos, meus olhos vomitam lágrimas, mas minha boca já só emite um pequeno som de rendição. Já não aguento, já não quero, não consigo me dedicar a nada.
Pela dor eu vim, pela dor eu fui. Isso é um pedido de socorro. Realmente quero me matar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

shhh shh

todas os objetos parados mas mesmo assim barulhentos. você deveria falar mas fica calado, você deveria ficar calado mas decide falar. o mais trágico seria que mesmo iguais a falta se sincronia é tamanha. dentre todas as voltas, nos encontramos apenas na angústia.

meu querido, eu já falei para ti sobre a lua?

quarta-feira, 27 de maio de 2015

fim

Sussurros tornam-se gritos para quem ouviu demais. As coincidências te machucam, e quanto mais dor, mais você já foi. Lembro de quando quis acabar com minha peça única, e acabei perdendo e sendo finalizada por ela. Agora daqui eu posso ver aquele mar, porém o que seria de mim sem essa angústia alimentada por anos? E no fim da vida, deveria pensar "eu poderia ter sido melhor"? O quê? Por que os sorrisos no fim tem que valer mais que os choros? É pela dor? O mal é inevitável e eu percorro esse caminho como a primeira vez, eu que mudei, tudo continuou o mesmo, parei de sentir a diferença que os outros fazem, comecei a me incomodar, transformei os conhecidos em estranhos e depois questionei "o que está havendo com você?! você criou a tempestade e foi o âmago abissal.".
Meus pés nem tocam mais o chão, estou flutuando e vendo esse corpo se esvair, me desprendi e hoje em dia pago o preço. [desisti]

hahahahahahahhahaahhah

É uma doença, não é? Esse sentimento desgraçado que nos escraviza, que é feito de exageros e pensamentos de morte porque não terás a vida que achas adequada. Eu me sinto um grande desperdício, e escrevo não para ouvir um idiota querendo me provar o contrário, mas sim porque não tenho mais medo de ser esse corpo nulo que me tornei. O arredor já não toca mais, virei tanto o meu interno que não posso repetir "não sei porque não consigo mais".
Eu não preciso de um fim pra acabar esse lixo aqui, que se dane.

sábado, 2 de maio de 2015

claridade

então, ela chama a lua. casa-se. descasca-se. frígida. noites e mais noites se repetem. ela criou o vício. ela deveria encará-lo, mas no meio do caminho havia si. o tempo nunca determinou quem realmente estava certo, pois dias, anos e nuvens passam, porém voltam. dia-a-dia. precisa aguentar. mas por quem mesmo? uh sim, si. mas no meio do caminho havia uma dúvida. ausência de um motivo. as piores palavras do mundo eram as que não estavam ali. ela estava sentada, todos estavam e depois não estavam mais. ela podia senti-lo. estava em todos os locais. como podia?
eu não queria, nunca quis, mas você queria. mas nunca abriu os olhos e viu, lados opostos, favorecer um seria automaticamente matar o outro.
morrer várias vezes, renascer na mesma merda não adianta de nada. não valeu um puto. a indiferença reina na terra dos desgraçados. queria só querer, mas estupidamente, não quero.

domingo, 12 de abril de 2015

-

no frio dessa manhã gelada
no frio da noite gelada
as luzes do céu que batem em mim me deixam azul
quis estar
mas nunca estive
eu perdi tudo, pra ganhar uma coisa
eu to "okay"
eu to completa
como o brilho azul da lua
aquele que hoje não quis vim

A piada perdeu a graça faz tempo

Desconstruir as imagens, excluir um item, e colocar algo no lugar, como se o estivesse lá, não$ teria mais estado de fato. Só você sabe daquele vazio escondido. Só você precisa saber.
Meus olhos se estreitam, isso é um adeus, a mais dolorosa despedida da minha vida, essa é minha única forma de agradecimento. Pobre, pobre. A vida passa, a morte chega, mas eles nunca dizem quantas vezes você morre mesmo em vida, para poder estar preparado para a morte dessa carne.
O coração bate, o pé inquieto, a lágrima corre, as palavras já só ficam em mente. Tentarei fazer poesia desse silêncio, mas silêncio na minha terra é dor. É ausência. É o fim de uma vida, a morte que só eu neguei no fim. As sombras ultrapassam meu peito, os risos e choros cegam a minha pouca visão, mas eu continuo, mesmo com os dentes nas pernas, eu preferi olhar finalmente pra o que quero. As correntes romperam-se. Enlouqueci.


domingo, 5 de abril de 2015

O quanto estou perto?

Esse vazio desta caixa de caracteres ainda me cega e me castra. Estou tentando levar, sobreviver e fazer o que "preciso", porém tenho mais falhado. Obrigada pelo nada. Estou totalmente submersa nesse vazio. Já me sinto patética o tempo todo, sobreviver tem substituído o viver. O que posso estar fazendo para querer continuar pensando, acordando, etc...? A realidade tem se corrompido a cada momento mais. Eu só precisei de ti agora, ninguém estende o braço no único momento que queres.  São inúteis.  Eu me sinto inútil. 
Essa noite, fechar os olhos será uma dádiva. Nada mais doloroso que abri-los novamente.

terça-feira, 31 de março de 2015

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

pior época da vida

então tu vê o passado, viu que já fortes melhor, vê mais o passado e vê que já foi pior, olha pro agora e nada agrada. é o ápice da minha apatia primeiramente em meu ego. sem sentimentos eu vou andando, não procuro mudar a merda, só espero que as próximas pedras no caminho sejam um pouco mais interessantes. lidar lidar lidar
contudo
você precisa
você vai
me maquinizei, só pode.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

parece que alguém andou se divertindo a custa dos crustáceos

Então tu entra, isso sobe, tentando ignorar sua carência patética e fingindo uma apatia que tu sabes que não existe em uma nãoexistência como aquela. Algumas lágrimas da outra caem, e teu papel é fingir a culpa,pois não pedem por verdades, pedem o que querem, e é por isso que não posso ver vida nesse raso. 
Tu passas algum tempo andando e quando volta todos eles já arrumaram uma fórmula para conseguir levar, conseguir ignorar vivências ocupando o tempo, deixando de pisar no espaço, porque a cruz dessa geração são minutos que o vulgar carrega a todo tempo nas costas. Acha que tá tentando ir contra o tempo, porém apenas absorve a matéria e ignora a maldita falta de liberdade que sua condição impõe, abraçam as prisões e agradecem eternamente aquele que jogou a chave fora. 
Sem hesitar, as coisas sempre vão e vem, o nunca e o sempre estabelecem o ciclo, os traumas fixam o nãoentender, e na verdade, eles já não sentem, a fórmula causa o vício de ignorar. 
Eles caminham, caminham sem avançar, então apenas marcham, a marcha nãoeterna da vida despercebida.