segunda-feira, 31 de agosto de 2015

desespero

Toda essa inocência, todo esse espírito perdido tem guiado diante a mim uma bolsa de inconformidade. Uma placenta inquebrável de dor, ao mesmo tempo que é delicada é insuperável, permanece intacta. Ninguém é capaz de tirar essa agonia do meu peito.
É fácil apontar o quanto fria estou, o quão apática me tornei, mas o difícil deve ser tentar "empatizar-se" comigo. Essas horas passadas, esses últimos suspiros, essa morte que nunca me larga. Minhas mãos tremem de raiva, meu peito pulsa de angústia, minha cabeça exala caos, meus olhos vomitam lágrimas, mas minha boca já só emite um pequeno som de rendição. Já não aguento, já não quero, não consigo me dedicar a nada.
Pela dor eu vim, pela dor eu fui. Isso é um pedido de socorro. Realmente quero me matar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

shhh shh

todas os objetos parados mas mesmo assim barulhentos. você deveria falar mas fica calado, você deveria ficar calado mas decide falar. o mais trágico seria que mesmo iguais a falta se sincronia é tamanha. dentre todas as voltas, nos encontramos apenas na angústia.

meu querido, eu já falei para ti sobre a lua?