sexta-feira, 29 de julho de 2016

aniquilação

as pessoas falam tão alto, meus ouvidos sentem-se agredidos nesses momentos que tudo o que eu quero é silêncio, mas seria o silêncio um fato resultado de como me sinto? vagueio pelas pessoas que fazem parte da minha vida, passo por elas, elas querem ligar as luzes pra poder me ver melhor, eu quero desligar as luzes pra não enxergá-las e fingir que estou falando com alguém que realmente importa.
e todas as vozes de silêncio ecoando em meu coração, vozes mudas que transformam meu atual em um sentimento sofrido do passado. como alguém pode me amar uma vez? alguém amou? essas incertezas não me chateiam mais, mas eu me sinto como um vulto na vida das pessoas, aquele que passa, invisível, você só pode sentir que tem uma presença identificável próxima, mas nunca interagir diretamente com ela, nunca fazer parte do que ela é, nunca fazê-la sentir algo mais do que o usual.
a vida é uma questão de tempo, a morte é um processo que dura a vida toda. estou constantemente morrendo a cada segundo, às vezes tento acelerar, às vezes minha ansiedade quer acabar logo com isso, pois a falta de sentido, a falta de motivo é uma arma na minha testa todos os dias.
agora deito-me no chão, gelado, chão de morte, e abaixo dele é pra onde irei quando meu tempo passar.

"Close my eyes

Feel me now
I don't know how you could not love me now
You will know, with her feet down to the ground
Over there, and I want true love to grow

You can't hide, oh no, from the way I feel"

segunda-feira, 25 de julho de 2016

a diferença entre remédio e veneno tá na dose que tu toma

em um silêncio infinito, nego-me a largar a vontade de ficar aqui. 
"mas você gosta de sofrer, é por isso" muitas vezes a dor é a única coisa real que podemos nos apegar. não tem muitas opções, quando depender de outros é um ato romantizado, quando na verdade você pode tá dependendo de uma arma na tua cabeça, que tá lá já faz tempo, porém só dispara no teu maior momento de fraqueza. 
então você se quebra, tudo ao teu redor quebra, e você volta pro fundo do oceano, qual você nunca deveria ter saído, mas a diferença é que agora você está rodeada do seu próprio sangue, e mesmo que feche os olhos pra não enxergar o quanto aquilo dói, você sente o cheiro do vermelho, você sente o gosto na sua boca, você não consegue esquecer, então é melhor parar de tentar.
qual é meu caminho mais fácil? ignorar, mas eu não seria capaz de ignorar tudo o que isso foi.
o mais difícil? sentir toda dor e saber que ela ainda vai ficar ali por um bom tempo, então eu decido vivê-la, achar que mesmo a dor é um privilégio de poucos. 
a vida é uma vadia impiedosa, e a minha redenção sempre será artística. 

domingo, 24 de julho de 2016

everything hidden is suddenly exposed

instabilidade. meu rosto não demonstra nada, e por dentro, uma leve dor que parece que pode me matar a qualquer momento. a ideia de morte agrada, a ideia de sono incomoda pois logo penso em como seria eu acordando.
eu, narciso, me fascinei pelo meu reflexo e agora dói saber que não posso mais personificar meu reflexo em nada. dói saber que me auto-saboto a cada oportunidade que tenho de me fazer não querer mais tá aqui.
eu to cansada, eu me sinto extremamente cansada, cada dia mais, e mais, às vezes eu começo a rir, é de desespero ou as pessoas costumam rir de si quando então em condições deploráveis?
minha língua não sente gosto, meu corpo dói, minha cabeça parece que nunca descansa, e eu tentei, tentei conviver com outros, mas essa vida, eu não me interesso tanto assim, nada me motiva tanto assim. nada mais é tão ruim, mas nem tão bom, mas nada certamente é nada. eu não nego, mas eu procuro ignorar. sinto minha mente explodindo por semanas, dias, lentamente, cada pequeno pedaço se afastando de mim, saindo do meu corpo, por que estão todos me deixando? o que eu fiz? ah, eu deixei que isso começasse.

sla
sla
sla
SLA

isso é um tchau

quinta-feira, 21 de julho de 2016

playback, delete and rewind

então isso queima em meus dedos, eu sugo minha morte
as coisas nunca estiveram em locais tão certo quanto estão, eu de mãos dadas com minha esquizofrenia tecnológica
e os cabos em mim, entram em minha garganta
se eu não quero estar com os reais, eles existem?
eu existo quando não estou presente?
trabalhando nessa existência, porque ninguém existe o tempo todo pra todos, e sim, apenas pra si, mas às vezes nem pra si. estaria eu esquecendo de tudo e todos? estaria eu voltando pro dia do meu nascimento onde até a face da família é irreconhecível? qualquer um pode ser minha mãe, meu pai, meu irmão mais próximo, meu irmão odiado, qualquer um pode ser aquele que não entende. porém, e eu? entendo?
isso é tão aliviante, um copo vazio, uma sacola de ar, um corpo nu, sem identidade.
um problema pra todos, um suspiro pra mim. eu não me importo, agora eu riu sem precisar forçar, agora eu ando sem precisar correr, eu vejo que tudo o que faço é opcional. mente vazia, oficina do vazio.
meu querido pote vazio, onde todos os amigos já se foram, onde todos estavam errados, e ninguém liga. eu muito menos, dar o foda-se é tão prazeroso que chega a excitar.

terça-feira, 19 de julho de 2016

por mais noites sem estrela

A escuridão permanece apesar da luzes acesas. Toda essa energia da cidade não acendeu a noite. Apagar as luzes me fazem temê-las, a cidade, a noite. O breu que cessa os medos. É nessa cegueira que sinto esse amor que se une a desolação, devido a distância, a falha em meu peito.
Jogar desesperos ao ar sempre foi minha melhor habilidade em existência. Poder hoje descrever minha angústia é tão libertador quanto o sufoco de viver sempre submersa.

Quantas pessoas estão quebradas esta noite?

Quantos corações estão regando esse solo rico de mágoas?

Ei Jo, me desculpe pelo incômodo, mas o quão virtuoso é esse amor?


domingo, 17 de julho de 2016

aquele álbum é melhor que o outro mesmo

09:57, tu acordas, senta na cama, vê o que tem de novo, lê as mensagens que qlqr um mandou enquanto dormias. a vida se tornou entediante, mas eu consigo viver essa vida, tranquilamente. eu gosto das coisas como elas tão, mas srsly? eu sou ignorada por quê?  se tu visse o quanto isso é cruel pra mim, o quanto eu não esperava ser uma bagagem pesada e inconveniente. vai se foder, parte disso foi cruel pra caralho apenas comigo, e eu sobrevivi a tudo, basicamente sozinha. talvez eu não seja a criança que chore a noite, talvez eu seja aquele que só não vê motivo o suficiente pra fazê-la parar, ou veja coisa errada no ato de sofrer. 
mas que dói, dói, e o ruim é que quem fica em pedaço pode ser ver no chão e em meio a dor arrumar uma forma de se reconstruir e conseguir viver novamente. meio cruel, mas todas as dores tem suas importâncias, e agora o que eu posso fazer é abrir os olhos. então eu faço isso.

sábado, 16 de julho de 2016

recaída

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

sábado, 9 de julho de 2016

nao reconheço

diário de bordo

a solidão corrói meu ser. onde estão os amigos quando você mais precisa deles?
uh, com o coração quebrado também.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

opaco

http://www.minhaconexao.com.br/ esse é o site que aparece primeiro sempre quando eu tento entrar no blog. isso significa frustração e também minha incapacidade de ligar pra internet e arrumar ela, então sempre fico testando o quanto ela ta pegando e nunca é o contratado. a minha falta de atitude perante esses problemas me deprimem, é o mesmo quando eu tento sair de casa. o que eu preciso agora é de encorajamento, chega de ficar sentada e olhando pra uma tela que já gastei tanto, mas tanto, INCONTÁVEIS, IMPOSSÍVEIS, DESCONTROLÁVEIS momentos. me sinto extremamente chateada, mas algo me vem em mente e me faz não surtar agora, uma possível luz, ou escuridão no fim disso tudo. é minha criatividade que voltou a funcionar, após anos eu consigo, aham, consigo me expressar visualmente e isso era um problema de antes, eu não conseguia, nada, só riscava todas as páginas, com linhas desconcentradas, avulsas, sem vontade, sem alma, cheias de nada. 
primeiramente o que tem acontecido comigo esse ano tem sido de fator crucial pro meu desenvolvimento emocional e intelectual. e tudo começou com uma criatura que não tá mais entre nós, e eu posso pensar como os questionamentos que li no livro que to lendo atualmente. qual a diferença de agora pra antes de eu não ter a Mew na minha vida? bem, ela não existia antes e agora ela não existe mais também, então é esse "mais" que difere tudo, não acredito na ideia de que ela foi enviada por alguma criatura com um poder superior, mas sim que a priori era mais fácil, depois de anos, me permitir amar algo que eu sabia que não poderia me matar por dentro (eu tava extremamente enganada, mas chegaremos lá), quando você começa a amar uma pessoa ou um animal, logo no primeiro momento você pode se imaginar perdendo isso, mas aquela porcentagem é tão tola a priori que você, como umx bom idiota apaixonadx, só se foca nas partes boas e como aquilo te faz sentir, e se entregar plenamente, mesmo que o outro não saiba, ou não entenda a profundidade. bem, quando a Mew veio pra mim, ela tava abandonada e quando peguei ela da rua eu senti a responsabilidade de fazer ela nunca sentir-se como eu tava me sentindo antes dela, algo como uma dívida sim, mas era um prazer pagá-la pra algo que me tirou da prisão que eu tava, apesar que pra me por em uma prisão mais perigosa, onde as celas eram ideais e invisíveis, então eu deveria ter cuidado. bem, mas aí junto a ela, eu extremamente entregue a uma outra vida, uma onde sentimentos eram reais, ele veio, e também assim como ela do dia pra noite, e eu repeti todo o processo, só que com com a intensidade triplicada, apesar dele não poder dormir com a cabeça no meu pé em meus dias de insônia, ele existia e era um conforto, então depois disso, logo depois da maior felicidade do mundo em ter minhas duas criaturas favoritas por perto, bOOM!@ ela morre, e leva metade da minha alma, leva minha paz e me deixa com a culpa, e ele tira tudo de mim, inclusive minhas lágrimas, e me deixa leve, tal leveza que hoje em dia eu não sei lidar, e a mais improvável das criaturas que pensei que não podia me quebrar por dentro, o fez, e não por culpa dela, só porque as coisas são como são e eu mereço aceitá-las, então me diga, por que eu ainda não aceitei? por que eu ainda choro quando fico me revirando na cama por mais 2h antes de dormir? 
às vezes eu só quero morrer junto. dos dois só restou um e esse um cada dia parece mais distante por motivos que nem o mesmo sabe, e nem eu, como não me culpar? porque tal se culpa pelo silêncio e eu me culpo por ser o motivo desse silêncio. 
bem, eu to extremamente adormecida por dentro agora, as dores voltaram, eu quero vomitar, chorar e dançar na ponta da faca e esperar pra ver em qual lado eu to, se é daquela que segura ela ou daquela que é apunhalada, até lá eu vou ficar usando em mim, atravessando-a sem hesitar, pois mereço, não? acho que sim. que falta de vontade, puta que pariu.